O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, abordou esta quarta-feira, dia 30, a evolução da situação pandémica no concelho e anunciou o cancelamento de todos os eventos culturais, desportivos e recreativos da iniciativa do município.

O presidente explicou, sobre a evolução da situação, que “as notícias não são agradáveis, a evolução da COVID-19 no nosso concelho não tem vindo a ser como gostaríamos que fosse”. Acrescentando que “caminhamos muito rapidamente para a linha vermelha. Em termos de riscos isto significa que tenhamos que regredir outra vez, no que diz respeito às medidas de desconfinamento”.

O autarca lembrou que a “responsabilidade é de todos. Cabe-nos a todos, fazer aquilo que está ao nosso alcance para contrariar esta questão e travar a evolução pandémica. A Câmara Municipal de Elvas vai dar o exemplo ao cancelar todos os eventos culturais, desportivos e recreativos que sejam da sua iniciativa até ao final do mês de agosto. E no final do mês de julho vamos fazer a avaliação e ver o que vai acontecer no mês de setembro”.

A avaliação, segundo o presidente, ditará o que se fará em setembro. “Falamos já das coisas para agosto porque é agora que têm que ser contratadas, uma vez que o Código da Contratação Pública a isso obriga e alguns procedimentos levam várias semanas até estarem concluídos e como tal não posso decidir uma coisa de hoje para amanhã”.

O autarca dá como exemplo o concerto comemorativo do 9º aniversário da classificação de Elvas como património Mundial, programado para sábado e que vai realizar-se, sem público. “Esse concerto estava previsto ter público, o que vai acontecer é que não vamos poder cancelar esse concerto. Ele vai realizar-se porque há pessoas que vêm de fora, têm viagens marcadas, hotéis marcados, mas não vai ter público. Vai ser gravado e publicado posteriormente nas redes sociais do município.

Sobre o impacto que terá na economia local, o autarca lembra que “se regredirmos, vai regredir a nossa restauração, o nosso comércio, as nossas empresas, e são essas empresas que pagam os salários no final de todos os meses e por essa razão devemo-nos lembrar deles. É uma luta que é de todos e a todos vai tocar”.

O presidente aconselha prudência e por isso, explicou que “ouvi os meus colegas, chegamos a uma decisão unânime e cabe-me a mim pedir a todos os elvenses que compreendam, e por outro lado que contribuam da forma que puderem. Deixo um alerta, mesmo para aqueles que estão vacinados. A vacina ajuda o nosso organismo a combater a Covid, mas não é uma cura. Peço a todos que continuem a ter todos os cuidados, da máscara, do distanciamento social, e da higienização permanente das mãos, para ver se entre todos conseguimos travar a COVID-19”.

Em termos de vacinação, Nuno Mocinha afirmou que “está a correr bem. Temos grande parte da população já com a primeira dose, uma grande taxa com a segunda, e como sabemos isso cria imunidade. O que queremos é chegar à imunidade o mais rápido possível para que as pessoas possam voltar ao dito normal”, concluiu.