A iniciativa “A Música Encanta o Património”, organizada pela Câmara Municipal de Elvas, vai ter início este sábado, dia 4, com um concerto sobre “O Romantismo Sinfónico”, com a participação da Orquestra Sinfónica Juvenil, dirigido pelo maestro Christopher Bochmann.

O concerto vai ter lugar na Sé de Elvas, a partir das 18h00, com entrada livre de público.

O ciclo prossegue, no dia 17 de fevereiro, pelas 18h00, na Casa da Cultura com um Recital de Acordeão, por Samuele Telari.

Até setembro estão previstos mais seis concertos, em diversos monumentos e locais da cidade Património Mundial.

A iniciativa agrega o património cultural e a música clássica, permitindo ao espectador conhecer o monumento e ao mesmo tempo assistir a um concerto de música de alta qualidade, com grupos de referência.

Orquestra Sinfónica Juvenil e Maestro Christopher Bochmann

Orquestra Sinfónica Juvenil

Fundada em 1973, a Orquestra Sinfónica Juvenil é, hoje, reconhecida como uma instituição fundamental no nosso panorama músico-pedagógico.

Sendo em Portugal a única orquestra de jovens com atividade permanente, desempenha um papel fulcral na formação de jovens músicos, numa perspetiva de aperfeiçoamento de alto nível e profissionalização.

Nestes 49 anos de existência, a OSJ recebeu e formou muitos dos atuais instrumentistas das nossas orquestras, incentivou e deu a conhecer ao público muitos jovens solistas e levou a sua ação em favor da cultura musical a todo o país, contribuindo para a criação de novos públicos.
Contando nos seus quadros com 70 elementos das diversas escolas de música da área de Lisboa, o seu repertório, em permanente renovação, é ambicioso e vasto: foram já tocadas mais de 800 obras abrangendo os séculos XVIII, XIX e XX.

A OSJ e os seus agrupamentos são convidados para atuar em importantes acontecimentos artísticos.
Em 1990, a convite da UNESCO, participou num estágio de aperfeiçoamento orquestral em Hortos (Grécia).

Em 2002, representou Portugal no Festival Internacional de Jovens de Tianjin, China.
Em Agosto de 2005, efetuou um Estágio em Vigo (Galiza) em colaboração com a orquestra de jovens local.

Em 2007 uma formação da Orquestra Sinfónica Juvenil efetuou uma digressão na Índia com concertos em Goa e Bangalor.

Agrupamentos de câmara da OSJ apresentam-se todos os anos em Espanha, desde 2013.
Em 2016 o Quarteto de Cordas da OSJ efetuou uma digressão na Índia, com concertos em Nova Deli, Bombaim e Goa.

Em 2018 e 2019 apresentou-se em Macau (Igreja de S Domingos e Centro Cultural.
Em 2022 realizou um concerto de particular sucesso no Teatro López de Ayala de Badajoz
A OSJ encomenda regularmente obras a jovens compositores portugueses, apresentando-as em estreias mundiais.

Mantém acordos de colaboração com orquestras similares de vários países, com as quais estabelece intercâmbio de jovens músicos.

Nos períodos de férias de Verão, realiza estágios de aperfeiçoamento orquestral, com uma presença regular na Região Autónoma dos Açores.

A OSJ colabora regularmente com diversos coros na apresentação de repertório coral-sinfónico.
Para além dos Maestros-Titulares (Alberto Nunes de 1973–83) e Christopher Bochmann (desde 1984) foi dirigida por Francisco d’Orey, Jorge Matta, António Saiote, Roberto Perez, Georges Adjinikos, José Palau, Andrew Swinerton, Vasco Azevedo, Julius Michalsky e Pedro Amaral.
A OSJ desenvolve as suas actividades com o apoio do Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e Juventude, RTP, Câmara Municipal de Lisboa e com o apoio mecenático da Fundação EDP, instituição com a qual tem desenvolvido um fecundo programa de bolsas.

 

Maestro Christopher Bochmann

Filho de pais violoncelistas, viveu nove anos na Turquia, em criança.

Cantou no coro de St. George´s Chapel, Castelo de Windsor, continuando os estudos no Radley College.
Estudou particularmente com Nadia Boulanger, em Paris, antes de entrar para o New College, Universidade de Oxford, onde trabalhou com David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson.

Foi em Oxford que adquiriu os graus de B.A.Hons., B.Mus., M.A. e D.Mus.

Estudou, também, particularmente, com Richard Rodney Bennett, em Londres.

Lecionou na Inglaterra e no Brasil, onde esteve ligado durante dois anos à Escola de Música de Brasília. Tem lecionado regularmente no Curso Internacional de Verão de Brasília.
Desde 1980, vive e trabalha em Lisboa. Foi professor do Instituto Gregoriano de Lisboa e do Conservatório Nacional. De 1985 a 2006, foi professor da Escola Superior de Música de Lisboa, da qual foi Diretor durante seis anos e onde, por quase vinte, coordenou o Curso de Composição.
É Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Évora.

Em 2003, publicou o livro “Linguagem Harmónica do Tonalismo” (JMP).

Desde 1984 é maestro-titular da Orquestra Sinfónica Juvenil com a qual já dirigiu centenas de concertos. Com esta orquestra, gravou cinco CD com obras suas, para além de ter estreado várias outras.

Christopher Bochmann tem uma ampla lista de obras para quase todos os géneros, para além de numerosos arranjos e orquestrações.

Ganhou vários prémios de composição: entre outros, o Prémio Lili Boulanger (duas vezes) e o Clements Memorial Prize.

Em 2004 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura (Portugal).
Em Junho de 2005 foi agraciado com a “Order of the British Empire” pela Rainha Isabel II (Reino Unido).
No dia 27 de Janeiro de 2023, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, numa sessão que decorreu em Lisboa, no antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém.

Samuele Telari

Samuele Telari

Premiado no YCAT International Auditions em 2019, Samuele fez a sua estreia como solista com a Orquestra Haydn dirigida por Kent Nagano.

Voltou ao Wigmore Hall e ao Schlern Music Festival, e realizou recitais no Saffron Hall, Festspiele Mecklenburg-Vorpommern, Verbier, Wimbledon, Cheltenham e Deal Festival, colaborando com Ema Nikolovska, Pablo Barragán, Leonkoro, Esmé e Simply Quartets.

Em 2021, Delphian lançou a sua gravação das Variações Goldberg de J.S.Bach no Queens Hall Edinburgh para aclamação da crítica.

Durante a temporada 2022/23, os principais destaques são as apresentações das Variações Goldberg no MITO September Festival em Milão e Turim e a sua estreia com o London Mozart Players. Realizou concertos no Konzerthaus Berlin e Concertgebouw Amsterdam, e desenvolve um novo projeto com Tabea Debus e um coreógrafo, para Music in the Round em Sheffield.

Apaixonado pelo repertório contemporâneo, colabora com Opificio Sonoro na Itália, trabalhando com compositores como Sciarrino e Bedrossian. Continua a explorar novas músicas ao longo dos últimos anos, estreando obras de Vittorio Montalti, Simone Cardini e Fabrizio de Rossi Re, entre muitos outros.

Samuele apresentou-se inúmeras vezes na Europa e no Reino Unido, incluindo Snape Maltings Concert Hall (Aldeburgh), Societa dei Concerti (Milão), Amici della Musica di Firenze, Cité de la Danse et la Musique (Estrasburgo), Festival Nuova Consonanza (Roma), Amici della Musica di Padova e Filarmônica de Berlim.

Como solista, tocou com a Orquestra Hermitage do Estado em São Petersburgo, I Virtuosi Italiani e o Quartetto Fonè e é convidado regular da BBC Radio 3, Rai RadioTre, Radio Classica e Radio Popolare Milano. Colaborou com os artistas de teatro Lisa Ferlazzo Natoli, Valerio Massimo Manfredi e Giorgio Panariello.

Em 2017 lançou seu primeiro CD solo LIMES com aclamação da crítica, e em 2020 um CD em duo (acordeão e clarinete) BROKEN SHAKE.

Nascido em Spoleto (Itália), Samuele é professor de acordeão no Conservatório ‘N.Sala’ em Benevento. No seu palmarés incluem-se os 1ºs prémios nos concursos Castelfidardo 2013 (Itália) e Arassate-Hiria 2018 (Espanha).