Turismo literário

Classificado como Património mundial da UNESCO desde 2012, a CidadeQuartel Fronteiriça de Elvas e as suas Fortificações, oferece a quem a visita diferentes tipos de turismo: militar, natureza, religioso, gastronómico, negócios e cultural. Contudo, apesar da sua riqueza cultural, ainda não tinha sido promovido e explorado o turismo literário.

O Turismo Literário de Elvas – Chave do Reino, surge então mediante a assinatura em 2020 do contrato de financiamento no âmbito do Programa Valorizar (Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior) entre este município, o Turismo do Alentejo e do Ribatejo e o Turismo de Portugal, o qual visou apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos que promovam a valorização turística dos territórios. O Turismo Literário de Elvas assenta em três rotas (Rota de Escritor – António Sardinha; Rota de Obra Literária – A CRUZ DO CORCOVADO de Camilo Castelo Branco; Rota de Obra Literária – O HISSOPE de António Dinis da Cruz e Silva).

Como é que o concelho de Elvas inspirou pela sua paisagem e vivência social estes três escritores: António Sardinha, António Dinis da Cruz e Silva e Camilo Castelo de Branco? Estes roteiros literários irão refletir no seu percurso e paisagem o Integralismo Lusitano e neorromantismo de António Sardinha, o romantismo de um dos maiores vultos da literatura portuguesa Camilo Castelo Branco e o neoclassicismo do fundador da Arcádia Lusitana – António Dinis da Cruz e Silva. Estes roteiros ganharam vida própria no terreno através da demarcação dos circuitos por sinalética. A cidade através destas rotas consubstancia a essência das obras e personifica a intenção e as ideias e ideais dos escritores.

Estas rotas que nascem de um património imaterial – Literatura, materializam-se fisicamente criando uma ponte entre a memória e a realidade, entre o passado e o futuro, e são inovadoras ao envolverem a materialidade da cidade com a memória e o simbolismo da escrita, revivendo a palavra dita e escrita no percurso do visitante.

António Sardinha

Camilo Castelo Branco

António Dinis da Cruz e Silva