Conselho de Guerra

Largo de São Martinho
7350 Elvas

Em plena preparação para a guerra da Restauração (1641-1668) constituiu-se em Elvas o Conselho de Guerra para o qual se construiu um grande edifício no Largo de São Martinho.

Aqui discutiam tácticas militares as altas patentes do Exército Português, tácticas essas que levaram à vitória, por exemplo, na Batalha das Linhas de Elvas. Também aqui se decidiu a isenção do recrutamento dos elvenses a partir de 1710, tornando múltiplos os factores pelos quais o edifício assume um carácter simbólico.

A Auditoria Geral também aqui funcionou a partir de 1674 e nos séculos seguintes a sua importância veio a decair. O ponto final do Conselho de Guerra foi em 1875 com a criação dos Conselhos de Guerra Territoriais junto do Comando das Divisões Militares. No séc. XX, ali se instalaram a Cooperativa Militar e a estação dos Correios e Telégrafos. Mais tarde, o edifício passou a ser sede da Cruz Vermelha Portuguesa e foi ocupado, em parte, por um infantário.

O edifício foi construído onde outrora se situava a segunda cerca muçulmana o que ainda se faz notar pela sua arquitectura. A entrada tem uma alpendrada dupla em cantaria aparelhada em forma de chapéu com pináculos nos remates e na porta podemos observar as armas reais. No corredor de entrada sobre a porta de entrada do salão estão novamente presentes as armas portuguesas em estuque policromado com a data de 1781. Já no salão principal encontramos uma pintura com atributos bélicos na qual está presente a divisa Ultima rezão dos reis. O aspecto exterior lateral é simples com janelas com grades de ferro seiscentistas e setecentistas.

Em 2018, o edifício passou a sediar o Centro de Artes e Ofícios do Património e um Clube Unesco para as Artes e Ofícios do Património.

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