Gastronomia Tradicional de Elvas

A gastronomia de Elvas é muito rica e variada. A tradição alentejana, com sopas de pão e cheiros, aqui tem uma expressão muito variada. O concelho tem mais de uma centena de restaurantes, com propostas muito variadas, capaz de sentar à mesa milhares de pessoas.

Comer em Elvas é estar preparado para ofertas de sopas, carne de porco, borrego e vitela, enfrentar as propostas de doces muito variados. A primeira Pousada de Portugal abriu em Elvas, em abril de 1942 com o nome de Santa Luzia. Foi aí, diante da chegada de dezenas de pessoas para uma refeição, que a cozinha fez nascer o bacalhau dourado, feito com ovos e batata palha frita, que lhe conferem a cor do ouro e um sabor único, muito apreciado.

Elvas, na sua vocação transfronteiriça, é o destino de muitos visitantes espanhóis, na busca de peixe e marisco frescos, que alguns restaurantes do concelho propõem com muito boa qualidade.

Entrar num restaurante deste concelho e chegar à sobremesa obriga a conhecer o cericaia, também conhecido por cericá: um doce feito com a combinação adequada de ovos, leite, açúcar, farinha e canela, muitas vezes acompanhado pelas tradicionais Ameixas d’Elvas.

Elvas, nas suas múltiplas ofertas à mesa, tem uma gastronomia muito convidativa, qualquer que seja o gosto do visitante.

Experimente! – é a nossa proposta.

Vai apreciar! – é a nossa certeza.

Conheça algumas sugestões de restaurantes do nosso concelho, aqui

Bacalhau Dourado

O bacalhau dourado é um dos pratos mais típicos da gastronomia elvense. Nasceu na antiga Pousada de Santa Luzia que, ao abrir portas em abril de 1942, foi a primeira pousada do país. Conta-se que o bacalhau dourado nasceu de uma… aflição na cozinha: chegou um imprevisto número de pessoas ao restaurante e a despensa não estava muito recheada para corresponder às exigências. A cozinheira, Jacinta do Carmo Bucho, juntou os ingredientes disponíveis, valeu-se da sua imaginação e experiência e, assim, nasceu um novo prato!
Durante décadas, na Pousada de Santa Luzia, foi um dos pratos-estrela que deliciou milhares de pessoas, portugueses e espanhóis sobretudo, pois a fama do restaurante e do prato depressa saltou a fronteira. A pouco e pouco, o bacalhau dourado alastrou a outros restaurantes da cidade e do concelho, ao mesmo tempo que os particulares foram acertando a mão para reproduzir um prato em que os ovos lhe dão a tonalidade do ouro e o bacalhau desfiado se entrelaça com a batata-palha apenas ligeiramente frita.

Cericaia ou Cericá

Se pensarmos no doce mais emblemático de Elvas, vem-nos à cabeça um nome; aliás, dois nomes, pois cericaia e cericá são duas designações para uma sobremesa feita com leite, ovos, açúcar e farinha, que constituem uma massa muito polvilhada de canela, antes de ir cozer ao forno. Nas últimas décadas, em especial na restauração elvense, este doce é servido na companhia das tradicionais Ameixas d’Elvas com calda de açúcar.
Não é seguro ir na busca das raízes do cericaia; há quem o associe à tradição dos doces conventuais, mas há quem defenda que foi trazido da distante e asiática Malaca. A meio do século XX, era na Pastelaria Flôr Elvense – entretanto já extinta – que o doce se vendia em pratos de cerâmica, após ser confecionado em fábrica no centro histórico da cidade. Com o passar dos anos, outras pastelarias passaram a ter o cericá pronto a ser vendido a todos que procuram o mais famoso doce de Elvas.

Ameixas d’Elvas

As Ameixas d’Elvas são um produto típico da gastronomia elvense, a sua preparação e confeção, quer secas ou em calda, é uma das tradições seculares da nossa região, elaboradas a partir das ameixas Rainha Cláudia.
Esta fruta, confecionada em calda, acompanha a tradicional sericaia, um doce típico bastante apreciado, sendo que nos primórdios eram apenas confecionadas nos conventos e durante muito tempo apenas um privilégio das mesas mais abastadas, onde faziam parte obrigatória dos mais requintados banquetes.
A receita consiste na transformação das ameixas “Rainha Cláudia Verde” em conserva doce e fazia parte do receituário do Convento de Nossa Senhora da Consolação ou das Dominicanas, em Elvas.